Conselho Nacional de Justiça recomendou que o TRF-1 adote as medidas de segurança

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar os ataques ao juiz federal Renato Borelli, autor do mandado de prisão contra o ex-ministro da educação Milton Ribeiro.

Segundo a PF, a condução desse inquérito conta com amplo auxílio da Justiça Federal. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também pediu informações na quinta-feira (7) e fez a recomendação que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) adote as medidas de segurança.

Documentos registram que o juiz federal relata uma rotina de ataques e ameaças nas redes sociais e apenas nesta semana o magistrado sofreu dois ataques físicos. A CNN apurou que comitê de segurança do TRF-1 até o momento preparou apenas um documento relatando as ameaças, mas não ouviu o juiz e nem tomou providências para a segurança do magistrado. Até o momento, o TRF-1 não se pronunciou oficialmente.

A CNN também apurou que o juiz já avisou ao Ministério Público Federal (MPF) que sofreu invasão em sua conta nas redes sociais. Além disso, o magistrado recebeu cerca de 800 ameaças de perfis bolsonaristas.

Nesta semana, o magistrado sofreu também dois ataques físicos. Um deles ocorreu na noite de quarta-feira (6) enquanto o juiz dirigia retornando para casa. O incidente ocorreu quando Renato Borelli estava no caminho de casa e passou por uma área de mata. Na ocasião, teve o carro atingindo por fezes humanas misturadas com esterco de animais.

Na quinta-feira (7) sofreu um novo ataque também enquanto dirigia, no início da tarde após deixar sua residência na capital federal. O carro do magistrado foi atingido por ovos e terra. O juiz não se feriu. A informação foi confirmada pela Justiça Federal.

A CNN apurou que o magistrado já prestou dois depoimentos para o Ministério Público, um na semana passada e outro nesta semana.

FONTE: CNN Brasil | FOTO: EBC