
Foram desativadas 14 perfis e nove páginas no Facebook, e 39 perfis no Instagram. Militares brasileiros passavam-se por ativistas ambientais
A empresa Meta tirou do ar 14 perfis falsos atribuídos a militares das Forças Armadas Brasileiras. Investigação da empresa aponta que os acusados se passavam por ativistas ambientais e atacavam Organizações Não Governamentais (ONGs) ligadas ao assunto.
A informação consta no relatório trimestral elaborado pela empresa, divulgado pela rádio CBN nesta quinta-feira (7/4). No Facebook, uma das redes sociais da Meta, foram desativadas 14 perfis e nove páginas, com 1,170 seguidores.
Além disso, foram removidos 39 perfis no Instagram, com 23,6 mil seguidores. As identidades dos militares não foram reveladas. De acordo com a investigação, os suspeitos usam páginas falsas para defender que o Brasil tem feito ações positivas de combate ao desmatamento, com apoio do Exército.
Uma das páginas também divulgava informações de operações do Exército para a distribuição de água potável em regiões do país. Um terceiro perfil publicava críticas ao governo Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.
À CBN, a empresa afirmou que está à disposição das autoridades brasileiras para cooperar com as investigações. A Meta e o Exército Brasileiro ainda não se pronunciaram sobre o caso.
Ações
Segundo o relatório, as ações da rede de perfis falsos ocorreram em duas fases. A primeira teve início em 2020, com a publicação de memes sobre questões sociais, incluindo reforma agrária e a pandemia da Covid.
“Eles abandonaram as atividades após dois meses, quase em engajamento”, pontuou o relatório.
Depois, em 2021, a rede criou perfis falsos que passavam-se por ONGs e ativistas ambientais, com publicação de pautas sobre a região amazônica do Brasil. “Eles publicavam sobre desmatamento, argumentando que a atividade nem sempre é prejudicial, e criticando ONGs legítimas que falavam sobre desmatamento na Amazônia”, consta no documento.
FONTE: Portal Metrópoles | FOTO: Divulgação