
A vitória dos sindicalistas de NY pode encorajar trabalhadores de outras filiais da empresa a se organizar para conseguir o mesmo triunfo
Trabalhadores da Amazon sediados em Nova York (EUA) formaram maioria ao votarem para criar um novo sindicato, o que representa uma conquista histórica dentro da empresa nos Estados Unidos.
Realizada no centro de distribuição JFK8 da Amazon, em Staten Island, a eleição foi apertada: o Sindicato dos Trabalhadores da Amazon (ALU) liderou com 2.654 votos a favor e 2.131 contrários.
Por mais de 25 anos, a empresa foi capaz de manter os sindicatos fora de seu caminho, o que evidencia a grandeza da vitória dos trabalhadores.
Dessa forma, a menos que a Amazon reverta o resultado até 8 de abril, ela terá que iniciar processos de negociações contratuais que podem prejudicar sua capacidade de ajustar os requisitos de trabalho.
Celebrando a conquista
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, logo após a confirmação da decisão, funcionários da Amazon foram registrados saindo do prédio vibrando e gritando, rodeados por jornalistas e cinegrafistas. O fundador da ALU, Christian Smalls, aponta os dedos para o céu e ergue o punho em sinal de vitória.
“A Amazon queria me fazer o rosto de todos os esforços sindicalistas contra eles”, escreveu Smalls quando os resultados foram divulgados nesta sexta-feira (1º/4). “Ai vai. Bem-vindo ao 1º sindicato na América para a Amazon”.
No dia 25 de abril, o líder sindical terá uma segunda oportunidade de aumentar ainda mais sua conquista, quando funcionários de outra sede da Amazon votarão sobre a adesão ou não à ALU.
Entre as principais reinvindicações do sindicato, estão o retorno de bônus mensais de produtividade – que a empresa eliminou em 2018, ganho de ações da Amazon e aumento de salário para US$ 30 por hora em comparação com o salário médio atual, de US$ 18 por hora.
FONTE: Metrópoles | FOTO: Divulgação