
Religioso tinha sido denunciado pelo MP-GO por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Investigação do MP teria encontrado desvios milionários de dinheiro doado por fiéis.
A sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou nesta terça-feira (15) mais um pedido feito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) para retomar a investigação contra supostos desvios de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) enquanto o padre Robson de Oliveira era presidente da entidade.
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Ao G1, o advogado Pedro Paulo Medeiros, que defende o padre na Justiça, explicou que a decisão do ministro Olindo Menezes não muda nada no processo, que já está arquivado definitivamente. Segundo o advogado, este foi o quarto recurso rejeitado pelos ministros.
O Ministério Público de Goiás informou por meio de nota que vai recorrer da decisão.
O religioso tinha sido denunciado pelo MP por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis. O padre Robson sempre negou irregularidades enquanto presidiu a Afipe.
“Nada muda no processo. Só confirma a decisão do TJ-GO que sustou a investigação. O processo foi arquivado definitivamente e vai continuar. A decisão do STJ é de que não há motivos para a reabertura das investigações”, esclareceu Pedro Paulo Medeiros.
O ministro Olindo Menezes explicou que é possível o ingresso de agravo contra decisão da presidência ou vice-presidência de Tribunais de Justiça quando o recurso especial é inadmitido, o que não é o presente caso.
“Não é necessário o julgador enfrentar todos os precedentes citados pela parte recorrente, ainda mais o que se verifica é a inadmissibilidade recursal”, declarou o ministro durante a sessão.
FONTE: G1 | FOTO: AFIPE