Ação popular ainda pede ressarcimento dos gastos da missão

Quatro advogados e a gestora cultural Mari Stockler protocolaram nesta terça-feira (15) uma ação popular pedindo que a Justiça afaste o secretário especial da Cultura, Mario Frias, e o seu adjunto, Hélio Ferraz, dos cargos. A informação é da colunista Monica Bergamo, da Folha Online.

A ação se refere à recente viagem do secretário para Nova York para tratar de um projeto audiovisual com o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie. Ele foi acompanhado por Ferraz, entre os dias 14 e 19 de dezembro.

Ao todo, a viagem dos dois saiu por cerca de R$ 78 mil, segundo o Portal da Transparência. Deste montante, R$ 24 mil foram em diárias —R$ 12 mil para cada. Só em passagens aéreas o secretário gastou R$ 26 mil. Além disso, a viagem foi considerada urgente, já que foi confirmada com menos de 15 dias de antecedência.

Os advogados que entraram com a ação são Marco Aurélio de Carvalho, Caroline Proner, Fabiano Silva dos Santos e Lenio Luiz Streck. ​

O grupo também pede que os dois devolvam os valores gastos com a viagem aos cofres públicos. A ação afirma que a alegada urgência da viagem não foi justificada, “o que deveria ter sido feito por se tratar de dinheiro público e, principalmente, gasto em valores exacerbados”.

E ainda diz que o episódio “viola dos princípios da moralidade e da eficiência que devem ser aplicados na redação dos atos e comunicações administrativos oficiais”. O texto ainda cita o pedido de investigação das despesas da missão que foi protocolado nesta semana no Tribunal de Contas da União (TCU).

FONTE: Monica Bergamo Folha Online | FOTO: Reprodução redes sociais