O Movimento Judias e Judeus pela Democracia SP enviará representação ao Ministério Público, ao Ministério Público Federal e à Procuradoria-Geral de SP após apresentador do Flow Podcast pedir para que Brasil tenha um partido nazista

O Movimento Judias e Judeus pela Democracia São Paulo enviará ao Ministério Público, ao Ministério Público Federal e à Procuradoria-Geral do estado de São Paulo uma representação pedindo abertura de investigação sobre a conduta de Monark (Bruno Aiub) e uma eventual filiação dele a grupos de neonazistas, após o apresentador do Flow Cast defender a existência de um partido nazista no Brasil.

Na representação, o grupo também pede a detenção de Monark “por apresentar e incentivar comportamentos de violência e de ódio incompatíveis com a pluralidade de um Estado Democrático de Direito, além de colocar a vida de minorias em risco”

“Entendemos que a vida de judeus e outras populações perseguidas pelo nazismo, como negros, LGBTQIA+, Romani e dissidentes políticos, encontram-se hoje mais vulneráveis e ameaçadas no Brasil, após as falas de Monark”, diz o movimento.

A declaração de Monark foi dada nesta segunda (7) durante a entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP).

“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião “, disse Monark. “Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei.”

Após a repercussão negativa, com patrocinadores e parceiros rompendo contratos com o podcast, Monark foi afastado do canal Flow.

Horas antes, ele divulgou um vídeo no qual pediu desculpas pelas declarações, alegando que estava bêbado.

“Eu errei, a verdade é essa. Eu estava muito bêbado. Eu fui defender uma ideia, que é uma ideia que acontece em outros lugares do mundo, nos EUA, por exemplo. Mas eu fui defender essa ideia de um jeito muito burro. Eu estava bêbado”, afirma.

​Ainda no vídeo, ele diz que falou “de uma forma muito insensível com a comunidade judaica. Eu peço perdão pela minha insensibilidade”.

FONTE: Monica Bergamo | FOTO: Divulgação