Empresária pediu abertura de inquérito policial contra o ex-companheiro, que nega acusações

O juiz Fabio Pando de Matos mandou arquivar um inquérito policial aberto a pedido da empresária Cristiana Arcangeli para apurar a suposta prática de estelionato pelo empresário e ex-companheiro dela Álvaro Garnero. Os dois estão em uma batalha judicial por causa de um investimento em criptomoedas.

O despacho do magistrado, com data de 14 de janeiro, foi anexado ao processo nesta quinta-feira (27). Arcangeli se diz vítima de pirâmide financeira em razão de um investimento de aproximadamente US$ 300 mil (R$ 1,6 milhão) em criptoativos, no qual ela envolve o ex-companheiro.

Além desse caso, a empresária solicitou a abertura de outros inquéritos sob as mesmas alegações e também entrou neste mês com uma ação no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Na notícia-crime, ela acusa Garnero de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A defesa do empresário, a cargo do advogado Nelson Wilians, nega as acusações contra o cliente. Já os advogados de Arcangeli sustentam que ela foi lesada por um esquema criminoso que teria feito outras centenas de vítimas em São Paulo, Pernambuco e Paraíba.

Na ação apresentada no TJ-SP, ela afirma ter sido cooptada por Garnero a investir os US$ 300 mil —e não ter tido retorno nem reembolso. Acusa ainda a empresa de criptoativos Hibridus Club, procurada para administrar o investimento, de praticar um suposto esquema de pirâmide financeira.

Mensagens de texto e de áudio revelam que Arcangeli negociou os termos de sua entrada no negócio com o operador da Hibridus Club, Hélio Caxias Ribeiro Filho. Parte do diálogo se deu em um grupo de WhatsApp intitulado “#Bitcoinlife”.

FONTE: Folha Online | FOTO: Folhapress