Associação Médica Brasileira cita não a recomendação de uso obrigatório de máscaras e o imbróglio na vacinação de crianças como pontos negativos da atuação de Marcelo Queiroga

A Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou um boletim manifestando “erros de conduta e deslizes éticos” do ministro da Saúde Marcelo Queiroga na gestão da pandemia de Covid-19.

No documento, a AMB defende que Queiroga deve, como ministro, garantir o direito à Saúde, conforme a Constituição, e respeitar o Código de Ética da Medicina, enquanto médico.

A Associação enumera uma série de “fatos contundentes” e “preocupantes” da gestão do ministro.

Dentre eles, o grupo ressalta que, em agosto do ano passado, o ministro posicionou-se contrário ao uso obrigatório de máscaras; e no mês seguinte, Queiroga recomendou a paralisação da campanha de vacinação na faixa etária dos 12 aos 17 anos para jovens sem comorbidades.

A AMB também pontuou a atuação recente do ministro da Saúde na vacinação de crianças.

A associação usou como argumento, a demora para início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos — em dezembro do ano passado, a Anvisa autorizou o uso do imunizante da Pfizer para esse grupo, mas a campanha começou no país somente em 14 de janeiro deste ano.

Além disso, a AMB criticou a convocação de consulta pública referente à vacinação infantil feita pelo ministério da Saúde.

A entidade finaliza dizendo que “o Brasil está em alerta e pede mudanças na gestão da saúde. Nós, do grupo CEM COVID_AMB, conclamamos ao senhor Ministro a cumprir os preceitos constitucionais que lhe cabem no exercício de sua nobre missão”.

FONTE: CNN Brasil | FOTO: EBC