Marca japonesa lida melhor com falta de peças e assume liderança em vendas

A General Motors perdeu a primeira colocação em vendas nos Estados Unidos em 2021. A montadora foi ultrapassada pela japonesa Toyota, que teve aproximadamente 2,3 milhões de unidades comercializadas no ano passado – 114 mil a mais que a concorrente norte-americana.

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É um feito histórico: juntas, as marcas que pertencem à GM vinham mantendo a liderança do mercado em seu país-sede desde 1931, segundo a agência Automotive News. Os números de comercialização foram divulgados pelas fabricantes.

O resultado se deve principalmente à escassez de semicondutores. A empresa americana foi uma das mais prejudicadas pelo problema, que interrompeu suas linhas de produção mundo afora. No Brasil, a fábrica de Gravataí (RS), que produz o compacto Onix, ficou parada por cerca de seis meses ao longo de 2021.

Enquanto a Toyota manteve uma certa regularidade no ano passado, a recuperação global da GM só ocorreu no último trimestre.

A retomada fez as ações da montadora americana subirem 6% nesta terça (4), após divulgarem que seus problemas com semicondutores estão diminuindo.

Mas quando a recuperação veio, o estrago já havia sido feito. A picape grande Chevrolet Silverado, que é o modelo mais vendido da GM nos EUA, teve uma queda de 10,8% nas vendas. Isso representa cerca de 55 mil veículos a menos ao longo de 2021.

Já a Toyota manteve um mix mais equilibrado no ano passado, que resultou no crescimento de 10% no mercado americano em relação a 2020.

A marca japonesa chegou ao mercado americano no fim da década de 1950. Os primeiros carros foram o sedã Toyopet Crown e o jipe Land Cruiser, que se chamou Bandeirante no mercado brasileiro.

A importação ganhou volume em 1965 com o modelo Corona. Três anos depois veio o Corolla e, no fim da década de 1970, a montadora se tornou a maior entre as estrangeiras em solo americano.

A produção da Toyota nos EUA teve início em 1986. A marca fabricou o hatch FX16 na Califórnia por meio de uma joint venture feita justamente com a General Motors.

FONTE: Blog Máquinas do Tempo | FOTO: AFP