Palocci

As condenações haviam sido proferidas em 2017 pelo então juiz Sérgio Moro

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou hoje as condenações de pelo menos 13 réus da Operação Lava Jato em Curitiba (PR), e determinou a remessa do processo para a Justiça Eleitoral. A decisão do ministro Jesuíno Rissato beneficia diretamente o ex-tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores) João Vaccari Neto, o ex-ministro Antonio Palocci, e o ex-gerente da área internacional da Petrobras Renato Duque.

As condenações haviam sido proferidas em 2017 pelo então juiz Sérgio Moro, responsável na época pelas ações da Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal. “Tendo em vista o reconhecimento da incompetência da Justiça Federal para processar e julgar o presente feito na decisão do Apelo Nobre interposto pelo réu João Vaccari Neto, foi declarada a nulidade de todos os atos decisórios, ressalvada a possibilidade de ratificação das decisões pelo Juízo competente, determinada foi a remessa dos autos à Justiça Eleitoral, após transcorrido o prazo para interposição de recursos e, de ofício, estendido o efeito deste aos corréus, incluído o recorrido, Antônio Palocci Filho, nos termos dos artigos 580 e 654, §2º, do Código de Processo Penal, di um trecho da decisão.

A lista completa publicada na decisão do ministro é composta por 15 nomes, mas dois deles já haviam sido absolvidos: Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, e Rogério de Araújo, ex-executivo da Odebrecht.

Palocci, que ocupou as pastas da Fazenda, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Casa Civil, na gestão de Dilma Rousseff (PT), foi condenado em junho de 2017 a 12 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Preso em setembro de 2016, Palocci foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) em outubro do mesmo ano acusado de participação em um esquema de corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht e contratos de sondas com a Petrobras.

No mesmo processo, também foram condenados João Vaccari Neto, acusado de corrupção passiva (6 anos e 8 meses de prisão), e Renato Duque Renato de Souza Duque, por corrupção passiva (5 anos e 4 meses de prisão).

FONTE: UOL | FOTO: arquivo Agência Brasil