Esquema gerou um prejuízo que equivale a R$ 55,8 milhões aos cofres públicos

A Polícia Federal prendeu ao menos três advogados envolvidos em fraudes previdenciárias no estado do Piauí, com a operação “Bússola” desencadeada na manhã desta terça-feira (9). Outros quatorze advogados do Piauí e do Maranhão também estão entre os envolvidos, além de intermediários. A Ordem dos Advogados do Brasil do Piauí (OAB-PI) informou a CNN Brasil que está acompanhando o desenrolar da operação.

De acordo com as investigações, que começaram em 2020, a organização criminosa é especializada na concessão fraudulenta de benefícios de aposentadoria por idade rural com uso de documentos falsos. Foram quase 2 mil benefícios recebidos durante o esquema, o que gerou um prejuízo que equivale a R$ 55,8 milhões aos cofres públicos.

A polícia reuniu aproximadamente 200 policiais para cumprir a determinação da 1ª Vara Federal de Teresina. As ações ocorreram nos municípios de Teresina, Luzilândia, Demerval Lobão, Santo Antônio dos Milagres, no Piauí e também em Timon, Caxias, Presidente Dutra, Parnarama, Codó, Anapurus e São João do Sóter, no Maranhão. Todos os mandados foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina.

“Entre os investigados com prisão decretada estão oito servidores do INSS, 17 advogados e 14 intermediários dos estados do Piauí e Maranhão. A Justiça Federal também determinou o bloqueio das contas dos presos e a suspensão do exercício da função pública para os servidores do INSS”, informou a PF.

De acordo com a PF, além dos mandados de busca, apreensão e de prisão preventiva, a Justiça também determinou a imediata suspensão de 160 benefícios concedidos a pessoas fictícias (existentes apenas no papel) e a imediata revisão de 1.975 benefícios com indícios de fraude, medida que evitará um prejuízo futuro estimado em R$ 623 milhões.

Com CNN e Agência Brasil | FOTO: PF Divulgação