O mercado financeiro brasileiro mudou drasticamente nos últimos anos. Deixamos de ser um país de rentistas, onde os investidores podiam investir em ativos com baixo risco e taxa de rentabilidade.

Até pouco tempo, a poupança era um investimento atraente. Com a queda sistemática da taxa Selic, os investimentos tradicionais passaram a ter rentabilidade desinteressantes. Mesmo com baixíssimo risco, a taxa de retorno baixa muitas vezes não supera sequer a inflação.

Em 2020, por exemplo, a poupança rendeu aproximadamente 2% ao passo que a inflação ficou em 4%. Dessa forma, em termos reais, o investidor está perdendo dinheiro.

A consequência desse momento macroeconômico está na migração dos brasileiros para os investimentos que importem em mais risco e tenha possibilidade de maior rentabilidade. Investimentos antes chamados de “alternativos” passam a ser os maios “adequados” para o cenário atual.

Atualmente, dentre os investimentos adequados, um chama bastante atenção os tokens. Há um movimento de tokenização de ativos. O mercado ainda não está totalmente desenhado, mas já há investimentos imobiliários, royalties de jogadores, pinturas que estão impactando o mercado financeiro e já podem ser mensurados.

O mercado ainda está em crescimento, mas parece promissor especialmente porque conta com estímulo econômico de uma boa rentabilidade.

Cenário ideal para pensarmos uma advocacia 5.0. Fica a questão. Como lidaremos com a tokenização de todos os ativos.

Mais uma provocação que deixo aberta, convidando para que possamos discutir nos próximos textos.

Aguardo também os comentários.