Imagino que a primeira coisa que você pensou ao fazer a leitura do título do presente artigo foi: VINHO e ADVOCACIA?

Começo inclusive respondendo: depende das uvas escolhidas…

Como assim?

Na verdade, nos últimos tempos tenho percebido que uma das melhores formas de APRENDER é CONVERSAR com pessoas de diferentes áreas e, em especial, de diferentes lógicas.

Desde o final do ano passado comecei a participar de um curso de oratória, com um propósito específico de adquirir técnicas para fazer sustentação oral no novo formato surgido durante a pandemia, o mundo virtual. Afinal, nunca imaginei e tenho certeza que você também não, que um dia eu entraria em um Tribunal para uma sessão de julgamento, participaria de uma audiência, atenderia um cliente e daria uma entrevista sem sair da minha casa.

Confesso que, literalmente, tive medo da mudança, embora logo tenha iniciado o período de adaptação.

Acordar mais cedo, sair de casa com pelo menos 1h de antecedência, fazer o deslocamento de carro para o Tribunal, ter dificuldade de estacionar, apresentar a carteira da OAB na recepção e adentrar ao Plenário antes das 8h sempre foi parte da minha rotina.

De repente, tudo que estava no “meu controle” mudou, sendo minha rotina transformada em acordar um pouco mais tarde, fazer exercícios físicos, tomar banho de piscina, tomar café da manhã com tranquilidade, não precisar de deslocamento de carro, ligar o computador e acessar o ambiente virtual 10min antes.

E é nesse momento que pergunto: melhorou?

Não discuto se melhorou ou piorou, apenas destaco que TUDO MUDOU… E, o grande detalhe, tenho certeza de que nunca mais terei a minha “velha” rotina de volta.

E você deverá estar perguntando: e o que o VINHO tem a ver com isso?

Tudo!!! Através do vinho compartilhamos a mesa com amigos, com a nossa família e até com clientes antigos, atuais e futuros.

Além disso, com apenas uma taça já nos sentimos mais à vontade para fazer planos, ter ideias, viajar e, em especial, aprender com as experiências dos outros.

E tudo isso, de graça, ou melhor, através do INVESTIMENTO não no vinho mais caro, porém em PESSOAS especiais…

Inclusive, em razão do recente convívio com pessoas de áreas distintas da jurídica, aprendi uma importante lição: precisamos sempre escutar pessoas com diferentes lógicas… A impressão que tenho é que elas visualizam a prestação do serviço jurídico de maneira totalmente diversa daqueles que possuem formação em direito, estimulando, assim, o nosso lado INOVADOR.

Portanto, se você é profissional da área jurídica e está sentindo que precisa desenvolver melhor o seu escritório e, por consequência, a sua ADVOCACIA, separe o VINHO, lembrando apenas que o conceito de bom ou ruim será seu e que a mais importe seleção não será da safra ou da uva, mas das PESSOAS. Até porque, dependendo do seu critério de escolha, elas é que irão ajudar a desenvolver a sua ADVOCACIA, pois sempre darão boas ideias e trarão diversos ensinamentos…

E não esqueça de brindar…

“O vinho me tornou audacioso, mas não louco. Incitou-me a dizer asneiras, mas não a fazê-las.” (Duff Cooper)

SAÚDE!!!