Semana passada conclui mais um ciclo de docência na pós-graduação. Em uma das reflexões tecidas nesse último encontro com a turma, tive a oportunidade de discutir com os alunos sobre como um mundo heterogêneo tem impactado o cotidiano das empresas, suas respectivas culturas e processos. Convido vocês a continuarem comigo esse devaneio. Vamos nessa?
Nos últimos anos, a pluralidade organizacional vem se configurado como um elemento cada vez mais constante no mercado. Em um momento não tão distante, empresas buscavam perfis padronizados de colaboradores, que obedecessem a um rol de características mais peculiares ao negócio. Ao entrar em um loja, por exemplo, era claramente percebido um direcionamento quanto a idade, gênero, desejos, orientação sexual e costumes, não é mesmo?
Esse cenário vem mudando. Eu diria, ademais, que essa configuração a respeito da composição das equipes pivotou em um curto espaço de tempo. Saem os padrões pré-estabelecidos para dar lugar à pluralidade. Times hoje são compostos por membros que possuem hábitos, costumes e características distintas. Em um mesmo ambiente, convivem sujeitos mais ortodoxos e mais liberais; mais experientes e mais jovens; com posicionamentos políticos diferentes; com orientação sexual divergente…
Empresas que gerenciam bem essa composição heterogênea dos seus times saem na frente no que tange à capacidade de inovação, por exemplo: cabeças diferentes, se bem orquestradas, trazem insights incríveis e disruptivos. Em outra medida, o respeito e a boa gestão da pluralidade reforçam valores éticos como respeito e valorização humana, ideais muito almejados por consumidores e colaboradores na contemporaneidade.