
O levantamento feito entre julho e setembro deste ano também colocou as redes sociais, pela primeira vez, entre os três setores mais explorados pelos phishing de marca
A adoção do home office e a chegada da temporada de compras foram os principais focos dos criminosos na composição de tentativas de phishing durante o segundo trimestre de 2021. Empresas do setor, principalmente a Microsoft e a Amazon, aparecem com destaque em um período no qual as redes sociais também ganharam proeminência, com criminosos visando o roubo de credenciais e a invasão de contas em plataformas como WhatsApp, Facebook e LinkedIn.
O levantamento foi feito pela Check Point Research, fornecedora de soluções de cibersegurança, e mostrou pouco movimentação no topo, apesar de algumas tendências interessantes. O trabalho de casa e a adoção de regimes híbridos, mesmo durante a retomada, geraram queda significativa no índice de detecção de golpes envolvendo a Microsoft, mas não o suficiente para tirá-la do topo. A companhia foi responsável por 29% de todas as tentativas de phishing de marca — no segundo trimestre de 2021, eram 45%.
O número, claro, não significa que a quantidade de golpes diminui, mas sim, que os criminosos modificaram a ênfase. Prova disso é o aumento de fraudes envolvendo a Amazon, com 13% dos golpes detectados e assumindo a segunda posição no lugar da empresa de entregas DHL, que ficou em terceiro com 9%. A chegada da temporada de compras de final de ano explica esse movimento, com o setor devendo apresentar aumento ainda maior no atual trimestre, em que acontece a Black Friday e o Natal.
O levantamento feito entre julho e setembro deste ano também colocou as redes sociais, pela primeira vez, entre os três setores mais explorados pelos phishing de marca. Ainda que WhatsApp, Facebook e LinkedIn apareçam na metade inferior da lista, juntos, os golpes envolvendo as empresas concentram 7,7% de todas as tentativas de fraude registradas pela Check Point, a colocando ao lado do setor de varejo e do Google, com 6%, como principais segmentos visados pelos criminosos.
FONTE: Canaltech | FOTO: Marcelo Camargo (Agência Brasil)