Nossa missão é levar a você, leitor, um conteúdo autoral de qualidade como raramente encontrará por aí. Quem me acompanha no meu IG @professorfernandoamaral sabe que desde junho estou cantando essa pedra do descolamento da Bovespa do otimismo internacional. As nossas crises são intermináveis e cumulativas. Fazem parte do nosso cotidiano verde e amarelo esse tom cinza no horizonte pintado pela crise política entre poderes, dificuldade em pautar reformas, crise hídrica e energética e escalada da inflação. Pois bem, agora o cenário toma outro tom. Wall Street está em correção¹. Cenário está muito desfavorável para quem está dentro do mercado… Mas não para quem está fora 🙂
O princípio de tudo é “comprar barato e vender caro”. Quem consegue fazer isso mais acertando que errando ganha dinheiro e fica rico… No mês Ibov caiu 4% sendo 2,3% só nessa semana… Qual o peso disso? Ora, uma análise macro que tenda a focar se toda essa crise vai aplacar ainda mais o otimismo do mercado ou se já chegamos no fundo do poço.
Os destaques da semana vão para o dólar futuro que subiu 0,75% a R$5,268 e acumulou alta de 1,0% na semana. Com relação à curva de juros futuros foi observada uma queda em toda sua extensão em até 14 pontos-base, sinalizando ajuste após disparada na véspera e deflação forte na prévia do IGP-M. Com relação às ações, as maiores altas foram registradas pela Minerva ON com 16,17%, refletindo otimismo com o anúncio que continuaria exportando à China a partir das fábricas na Argentina e Uruguai, diante de casos da doença Vaca Louca no Brasil, e também, impulsionada pelo dólar alto. Em seguida a Marfrig ON com alta de 7,69%, e WEG ON, 6,65%, que avançaram na esteira do dólar. As maiores perdas foram Magazine Luiza ON, 9,10%, com juros e inflação subindo; Banco Pan ON, 9,06%; e Dexco ON, 6,57%.
nota 1: chama-se de “correção” quando ocorre vendas de ações para realização de lucros por parte dos investidores, o que leva a uma queda de ações e/ou índices já que tem mais gente vendendo do que comprando).
Fernando Amaral possui 25 anos de experiência em finanças corporativas com passagem em empresas multinacionais como Coats Correntes, Souza Cruz, Oi. Foi professor de Finanças na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e atualmente leciona finanças e economia em universidades de âmbito estadual e nacional.
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