
Nova geração de líderes do setor fogem das regras dos EUA e passam a operar com derivativos de criptomoedas de Hong Kong ou Cingapura. A notícia está no site do OGlobo.
É pouco depois de meia-noite em Hong Kong e Sam Bankman-Fried não tira os olhos dos dados de negociação de seus seis monitores, observando em tempo real um crash global de criptomoedas.
O jovem de 29 anos da Califórnia, nos EUA, geralmente vira a noite trabalhando, como naquela, de maio deste ano. Tira só uns cochilos num pufe posicionado ao lado do computador, mas vale, no papel, ao menos US$ 8 bilhões.
Isso mesmo depois da crise no mundo de criptomoedas como o bitcoin, que começou no segundo trimestre do ano com perdas no valor de todas as moedas digitais alcançando US$ 1,3 trilhão.
E, como Bankman-Fried viu tudo se desenrolar, ele sabia que a FTX, a plataforma de negociação de criptomoedas que ele administra, tinha um papel importante no colapso.
As criptomoedas — um dinheiro virtual que não é lastreado por nenhum país — são famosas por suas oscilações. O negócio de Bankman-Fried é especializado em um tipo de comércio que estava acelerando a crise global dos ativos.
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A maioria de seus clientes está apostando nas futuras flutuações dos preços das criptomoedas em vez de comprar e vender bitcoins. E eles estão tomando empréstimos para tornar essas apostas ainda maiores. É arriscado, mas pode gerar altos lucros.
Naquele dia o valor do bitcoin estava caindo bastante, esmagando as apostas altamente alavancadas dos negociantes otimistas na FTX e de outras plataformas, e forçando as vendas de suas posições em onda após onda de liquidações de contas.
FONTE: O Globo | FOTO: Pixabay