
Suspeita é de pagamentos a Toffoli por venda de decisões
A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de abertura de investigação para investigar supostos repasses ilegais ao ministro Dias Toffoli. O pedido tem como base o acordo de colaboração premiada de Sérgio Cabral. A notícia foi publicada na coluna Painel, da jornal Folha de São Paulo.
Segundo informações obtidas pela coluna, o ex-governador do Rio afirma que Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses em processos no Tribunal Superior Eleitoral. A informação é assinada pelos jornalistas Fábio Serapião e Camila Mattoso.
Toffoli foi ministro da corte de 2012 a 2016, tendo sido presidente de maio de 2014 a maio de 2016. Os pagamentos, diz Cabral, foram realizados nos anos de 2014 e 2015 e operacionalizados por Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro.
Os repasses, na versão do delator, teriam envolvido o escritório da mulher de Toffoli, a advogada Roberta Rangel. “O ministro diz não ter conhecimento dos fatos mencionados e que jamias recebeu os supostos valores ilegais”, diz a matéria.
Essa é a primeira vez que a Polícia Federal pede ao Supremo apuração que envolve um ministro da própria corte. O pedido de investigação faz parte de um novo pacote de inquéritos solicitados pela PF a partir da análise da delação do ex-governador, condenado a mais de 300 anos de prisão.
FONTE: Folha Online | FOTO: STF