O assunto Inteligência Artificial (IA) finalmente chega ao grande público

O assunto Inteligência Artificial (IA) — depois de sair dos circuitos acadêmicos e profissionais, de ter transitado pelo mundo da ficção científica, e de ser muito bem apropriado por um conjunto ainda não tão amplo de empresas, finalmente chega ao grande público. Fala-se abertamente sobre como a inteligência artificial vai mudar nossas vidas em todos os aspectos, há notícias de avanços rumo à cura de doenças, passando por novos modelos de negócios, bem como novos modelos educacionais e de entretenimento. A informação é do CanalTech.

De maneira geral, as pessoas, mesmo sem se darem conta, já utilizam produtos e serviços em seu cotidiano que já possuem algoritmos de IA, como o catálogo do Netflix, as buscas do Google, as recomendações de compra da Amazon e as rotas do Waze, entre tantos outros.

Todavia, mesmo para os profissionais de Tecnologia mais experientes ainda é difícil criar um modelo de inteligência artificial para utilizar em aplicações próprias. Um modelo de IA precisa ser “treinado” com milhares de observações sobre o mesmo objeto, seja imagem, texto ou qualquer dado não-estruturado que se queira utilizar. Na prática, muitas vezes nem estes profissionais têm acesso a bases de dados robustas para poder treinar esses modelos. Como exemplo, para criar uma inteligência artificial capaz de classificar cachorros e gatos são necessárias milhares de fotos de cachorros e gatos, além de milhares de fotos de objetos ou seres que se parecem com cachorros e gatos, mas não o são, para que o modelo seja treinado e adquira uma probabilidade de acerto adequada.

Existem vários datasets públicos de imagens e textos na internet e até mesmo alguns modelos de AI prontos, mas a maior parte deles é específica para uma determinada aplicação, o que torna muito difícil adaptar esse modelo para o desenvolvimento de uma solução mais robusta e de caráter genérico, que possa ser usada em diferentes tipos de aplicações.

Porém, isso está começando a mudar. A OpenAI, uma fundação sem fins lucrativos e que tem entre seus mantenedores Elon Musk, vem trabalhando em modelos cada vez mais poderosos de Inteligência Artificial. Em março de 2020 a OpenAI anunciou o lançamento de um modelo chamado GPT-3. Ele é baseado em NLP (Processamento de Linguagem Natural) e foi treinado utilizando aproximadamente 170 bilhões de parâmetros. Antes do GPT-3 ser lançado, a Microsoft era detentora do modelo de linguagem mais poderoso e que havia sido treinado utilizando 17 bilhões de parâmetros, ou seja, apenas 10% do total utilizado pela GPT-3.

Exemplos
Mas, afinal de contas, o que o GPT-3 é capaz de fazer? De uma forma resumida, tudo que seja relacionado com uma linguagem estruturada. Desde aplicações como chatbots, aplicações mais complexas como escrever livros, compor músicas e até mesmo escrever códigos de programação.

FONTE: CANALTECH | FOTO: Por Pixabay