Segundo dados do Distrito, uma consultoria voltada para o setor, foram fechados 450 contratos de investimentos em startups em 2020, que somaram US$ 3,1 bilhões (cerca de R$ 16 milhões), um recorde histórico

A pandemia impôs desafios a diversos setores da economia, que foram forçados a se adaptar às pressas para lidar com uma nova realidade. Para as startups, o obstáculo virou oportunidade. Casas se tornaram escritórios, jantares foram possíveis com delivery, o digital se impôs como essencial. E as startups, negócios majoritariamente tecnológicos, surfaram a onda da crise.

Segundo dados do Distrito, uma consultoria voltada para o setor, foram fechados 450 contratos de investimentos em startups em 2020, que somaram US$ 3,1 bilhões (cerca de R$ 16 milhões), um recorde histórico. Para este ano, a expectativa é de que o setor continue atraindo investidores. A informação é do jornal O Globo.

A demanda por serviços digitais deve se manter em alta, e uma nova legislação promete dar mais segurança jurídica a empreendedores e a quem aposta no ecossistema.

Gustavo Gierun, cofundador do Distrito, diz que a expectativa no início do ano passado já era alta com a onda de unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) de 2019: Loggi, Gympass, QuintoAndar, Ebanx e Wildlife. Em 2020, quatro que entraram para o clube Loft, Vtex, C6 Bank e Creditas.

“Como um todo, foi um ano incrível para as startups”, resume Gierun.

Por razões óbvias, as healthtechs, start-ups do segmento de saúde, destacaram-se no ano. De acordo com os dados do Distrito, em termos de volume investido, as fintechs (do setor financeiro) lideraram o ranking, com mais de US$ 1,5 bilhão em aportes, seguidas por retailtechs (varejo), supply chain (cadeia de suprimentos) e proptechs (imobiliário).

Mas em número de aportes, as healthtechs ficaram em segundo lugar, com 46 acordos de investimento, atrás só das fintechs, que fecharam 84. Esses dois setores são as principais apostas para 2021, diz Gierun:

“É um movimento natural. Os segmentos menores crescem com investimentos menores. Quando as startups amadurecem, os cheques ficam mais gordos”.

Em meio às perspectivas de recuperação da economia, as fintechs voltadas para o crédito e as start-ups de logística, principalmente as que lidam com a “última milha”, a entrega na casa dos clientes, estão no alvo dos investidores.

FONTE: Portal O Globo | FOTO: Imagem de StartupStockPhotos por Pixabay