
Em um mês, o Tribunal Superior Eleitoral recebeu 1.020 denúncias de disparos de mensagens em massa com conteúdo eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em parceria com o WhatsApp, recebeu em um mês 1.020 denúncias de disparos de mensagens em massa com características de conteúdo eleitoral. A prática foi proibida na campanha deste ano pela Justiça Eleitoral e as denúncias envolvem 720 contas ativas do aplicativo, das quais 256 foram banidas, número equivalente a 35%. A informação está no portal do Estadão.
O conteúdo de desinformação encontrado na campanha deste ano se refere, principalmente, a mentiras sobre urnas eletrônicas e notícias falsas que já circulavam nas disputas de 2018, explica a matéria. São as “fake news recicladas”, que voltaram a ser divulgadas na plataforma.
O disparo em massa é considerado ilegal e passível de punição por desequilibrar as eleições. Trata-se de um instrumento que pode render multa e até servir de prova, durante investigação posterior e processo judicial, para cassação de candidatos eleitos.
Mais de 80% das contas denunciadas por cidadãos por meio do TSE já haviam sido retiradas pelo WhatsApp, que possui um sistema de integridade no próprio aplicativo para identificar usos inautênticos. Em setembro, por exemplo, o WhatsApp baniu 100 mil contas no Brasil por comportamento abusivo em geral, não necessariamente ligado às eleições.
Um comportamento suspeito é a velocidade do disparo de mensagens para várias contas adicionadas recentemente. O mecanismo é visto como indício de automação.
Os números divulgados na quarta-feira, 28, fazem parte de um balanço parcial do TSE e do aplicativo. As denúncias foram coletadas entre 27 de setembro e a última segunda-feira, 26, por meio de um canal virtual aberto pelo TSE para cidadãos. É a primeira vez que um sistema do tipo funciona durante as eleições no País.
FONTE: Estadão | Imagem de Webster2703 por Pixabay