O programa de delação premiada dos Estados Unidos recebeu, neste ano, 15 pedidos de colaboração que vieram do Brasil. Se selecionados, os delatores podem acabar recebendo premiações milionárias em dinheiro. Os fatos revelados podem ter ocorrido inclusive no Brasil, desde que envolva, por exemplo, uma multinacional com operações em solo americano. A informação está no blog da jornalista Bela Megale, no portal do jornal O Globo.

Ao contrário do modelo brasileiro, onde é preciso confessar crimes e ajudar na investigação, o programa dos EUA aceita a participação de qualquer pessoa, mesmo sem envolvimento no esquema. A principal exigência é oferecer documentos e informações que sejam relevantes e desconhecidas, a ponto de o governo americano recuperar dinheiro e, assim, premiar o delator com parte do valor arrecado.

Em 2019, o maior prêmio pago para um colaborador chegou à cifra de US$ 37 milhões. No total, o governo americano pagou recompensas a 8 delatores e recebeu 5.200 dicas, a maioria dos próprios EUA. Em 2018, 19 dicas vieram do Brasil. Os informantes, o que foi delatado e se a ajuda foi considerada relevante são mantidos sob sigilo.

Os dados contam do relatório anual da SEC (a CVM brasileira), enviado ao Congresso americano no mês passado.

FONTE: Bela Megale, o Globo | Foto: Pixabay

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