Celebridades investirem em startups não é algo tão incomum em potências como o Vale do Silício — o ator Ashton Kutcher, por exemplo, tem o seu próprio fundo e coloca recursos em negócios como os marketplaces Airbnb e Uber e a plataforma de streaming musical Spotify. A informação é do portal da revista Exame.
Estamos no começo de um movimento similar no Brasil, com a popularização das startups, diz a reportagem. A atriz Deborah Secco (de novelas como Lações de Família, O Beijo do Vampiro, A Favorita e Segundo Sol) acabou de se tornar sócia do marketplace de beleza e bem-estar Singu. Além de investidora e a nova imagem do negócio, a atriz será também diretora criativa.
Enquanto Secco adiciona uma alternativa de investimento, a Singu ganha um novo impulso para crescer — o negócio projeta triplicar de tamanho neste ano.
Singu: começo e crescimento
Criada há três anos pelo empreendedor Tallis Gomes, fundador do aplicativo de mobilidade urbana Easy Taxi, a Singu concentra “milhares de profissionais de beleza” e fornece “dezenas de milhares de serviços de beleza e bem-estar mensalmente”, como manicure e depilação.
Os preços dos serviços são tabelados e o atendimento é no local de preferência do cliente, sete dias por semana entre 7h e 21h30. A manicure sai por R$ 48 e uma escova modelada custa a partir de R$ 76.
Seus serviços estão disponíveis por um aplicativo próprio e pelos de parceiros, como a startup colombiana de delivery Rappi.
A startup já recebeu 18 milhões de reais em aportes, desde recursos do próprio fundador até os de executivos do mercado financeiro e das famílias das marcas O Boticário e Natura. O negócio quadruplicou em 2017 e triplicou em 2018, na comparação com os anos anteriores. A Singu faturou “dezenas baixas de milhões” em 2018 e espera, neste ano, arrecadar “dezenas altas de milhões” e triplicar receita, profissionais e serviços de beleza e bem-estar mediados.
Para isso, o foco estará nas operações bancárias. A Singu já emite cartões de débito e crédito e 90% de sua base de profissionais usa a antecipação de recebíveis (geralmente, em uma salão de beleza as manicures demoram ao menos 15 dias para receberem). “Boa parte do nosso público não é bancarizado. É uma linha de receita para nós, mas também a criação de um vínculo com nosso profissional”, diz Gomes.
De cliente para sócia
De acordo com Secco, o interesse pela Singu começou quando ela mesma testou o serviço diversas vezes, desde fevereiro do ano passado. “Faço as unhas duas ou três vezes por semana, por diferentes gravações e eventos, e preciso marcar em cima da hora. Acho a Singu muito prática”, conta a atriz.
“Ao mesmo tempo, já vinha procurando um investimento diferente da minha área. As startups me fascinam porque estão mudando as nossas vidas. Converso com as manicures e percebo como elas se tornaram suas próprias patroas, quando antes era difícil conciliar o emprego com as tarefas de casa que recaem sobre elas.”
A ambição de Secco se encontrou com a de Gomes. “Fizemos um estudo que mostrou como a nossa maior receita vinha de um público que também a acompanhava. Daí propomos que ela composse sua carteira de investimentos com produtos de venture capital [aportes em startups]”, diz o fundador da Singu.
O valor do investimento e a participação de Secco na empresa não foram divulgados. A atriz é diretora criativa e visitará a startup a cada uma ou duas semanas. Uma ação já aprovada é premiar as manicures que mais e melhor atendem, por exemplo.
FONTE: Exame | Foto: Reprodução Internet