A Natura anunciou na quarta-feira (22) a aquisição da Avon.  A nova empresa será formada por 76% da Natura e 24% pelos acionistas da Avon. Com isso, a brasileira se torna a quarta maior do mundo no setor de beleza pessoal, com presença em 100 países.

Além disso, segundo o portal Money Times, a nova companhia terá 6,3 milhões de representantes e consultoras, 3,2 mil lojas, 40 mil colaboradores e faturamento de US$ 10 bilhões. Estima-se uma sinergia entre US$ 150 milhões e US$ 250 milhões anuais. Parte deste valor será reinvestido para maior presença nos canais digitais e mídias sociais, em pesquisa e desenvolvimento, iniciativas de marca e expansão da presença geográfica do grupo.

De acordo com o portal, a Natura irá, também, capitalizar a nova empresa com a até R$ 1,336 bilhão mediante o uso das reservas de lucros com a bonificação de novas ações aos acionistas.

A partir da transação, será criada uma nova holding brasileira, Natura Holding. Os atuais acionistas da Natura ficarão com 76% da nova companhia, enquanto os atuais detentores da Avon terão os demais cerca de 24%. No negócio, o valor da Avon é estimado em US$ 3,7 bilhões, e o da nova companhia combinada em US$ 11 bilhões.

Os fundadores da empresa, por sua vez, contribuirão com este aumento de capital com um número de ações correspondente a 50,5% da empesa e a quantia em dinheiro a ser utilizada para pagamento pela Natura &Co do imposto de renda a ser devido em decorrência da reserva de capital a ser contabilizada como resultado de tal contribuição de ações, recebendo como contrapartida ações da Natura &Co.

Nova estrutura

Ao final do processo de incorporação, cada acionista da Avon atual terá a sua ação convertida em 0,3 ação da Natura & Co. Os acionistas da Avon terão seus papéis convertidos em dinheiro no valor de US$ 530 milhões e, posteriormente, serão cancelados. A estimativa é de que a operação seja concluída no começo de 2020.

A aquisição será financiada também com os recursos do Bradesco, Citigroup e Itaú Unibanco, no valor principal agregado de até US$ 1,6 bilhão.

FONTE: Money Times | Foto: Pixabay

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