O americano Jack Dorsey, de 42 anos, ocupa uma posição de causar inveja a muitos jovens e pessoas experientes que se aventuraram no mundo da tecnologia. Ele é cofundador e preside o microblog Twitter. Mas exibe um contracheque com valores muito aquém dos esperados para alguém que exerce essa função: em 2018, recebeu apenas US$ 1,40 – menos de R$ 6. E isso foi um aumento em relação ao que ganhou no ano anterior. A informação está no portal do jornal O Globo.

Segundo a matéria, o salário simbólico é apontado como uma referência aos 140 caracteres que até 2017 eram o limite máximo permitido em um tuíte (hoje são 280 caracteres). É também uma forma de Dorsey demonstrar sua confiança na empresa. Ele também renunciou a benefícios geralmente pagos a executivos de seu calibre, algo que faz desde 2015, segundo documentos apresentados pela rede socia al Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais nos EUA.

“Como prova de seu compromisso e confiança no potencial de criação de valor a longo prazo do Twitter, nosso presidente executivo, Jack Dorsey renunciou a seus benefícios e vantagens para os anos de 2015, 2016, 2017 e também em 2018, exceto um salário de US$ 1,40”, disse o Twitter na papelada enviada à SEC.

Dorsey cofundou o Twitter em 2006 e esteve à frente do dia a dia da empresa até 2008, quando se afastou do comando da rede social. Em 2015, retornou à presidência da companhia e, desde então, tem se empenhado em atrair a confiança dos investidores.

A matéria de O Globo diz ainda que apesar da remuneração modesta, Dorsey está longe de ser pobre. Ele tem quase 18 milhões de ações do Twitter (2,34% do capital da empresa, que estavam avaliados em mais de US$ 500 milhões nesta terça-feira). Também ganha dinheiro de seu “segundo emprego” como presidente executivo da Square, uma empresa de pagamentos que também faz sucesso nos Estados Unidos.

Com esses e outros bens, o jovem executivo aparece na lista de bilionários da revista americana Forbes no 343º lugar, com uma fortuna avaliada em US$ 5,1 bilhões.

A prática de recusar remuneração ou ganhar apenas um valor simbólico é prática entre executivos no Vale do Silício. Mark Zuckerberg, que preside o Facebook, recebeu apenas US$ 1 em 2018. E Elon Musk, da Tesla, já disse que não vai aceitar receber salário até que sua empresa alcance um valor de mercado de US$ 100 bilhões.

O que está por trás desse comportamento é que, em tese, quando os líderes das empresas se recusam a ter um contracheque oficial, isso significa que eles acreditam na companhia e em seu plano de negócios. Mas nem todos seguem essa regra.

Segundo a Business Insider, Evan Williams, por exemplo, que também cofundou o Twitter e integrava a diretoria da empresa até fevereiro, recebeu US$ 275 mil em 2018.

FONTE: O Globo | Foto: Pixabay

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