A Europa volta a dar sinais de que está atenta para o risco da coleta indevida de dados de seus cidadãos. Segundo o portal Convergência Digital, a Autoridade de Proteção de Dados da União Europeia anunciou nesta segunda (08) ter aberto uma investigação sobre os arranjos contratuais de instituições do bloco com a Microsoft, em consequência direta do relatório do governo da Holanda que indicou coleta de dados indevida por programas como Windows 10 e versões corporativas Microsoft Office 2016 e 365.
“Quaisquer instituições da União Europeia utilizando aplicações investigadas naquele relatório devem se deparar com questões semelhantes às encontradas pela autoridade nacional, incluindo maiores riscos aos direitos e liberdades individuais”, afirmou a autoridade de dados, em comunicado, em referência direta ao relatório do Ministério de Justiça dos Países Baixos, de novembro de 2018, que analisou o Microsoft Office ProPlus.
Segundo aquele documento, foram identificados diversos fatores de risco para a proteção de dados nas assinaturas empresariais (ProPlus) do Office 2016 e Office 365, incluindo a coleta e armazenamento de metadados e dados sensíveis sem consentimento dos usuários, além do que foi considerada uma extensão injustificada do período de retenção das informações.
Segundo o comunicado, a autoridade de dados “está levando a cabo uma investigação sobre os arranjos contratuais ente instituições da UE e a Microsoft”. “As instituições da UE se valem de produtos e serviços da Microsoft em suas atividades diárias. Isso inclui o processamento de grandes quantidades de dados pessoais. Considerando a natureza, escopo, contexto e propósito desse processamento de dados, é de importância vital que as salvaguardas contratuais apropriadas e medidas de mitigação de riscos sejam adotadas.”
FONTE: Convergência Digital | Foto: Pixabay