Com o objetivo de criar condições para que o Brasil não fique para trás na chamada quarta revolução industrial, conhecida como indústria 4.0, foi lançada nesta quarta-feira (3), em Brasília, a Câmara Brasileira da Indústria 4.0. A ideia é de debater o tema com os meios empresarial e acadêmico, para facilitar a integração de iniciativas de fomento da indústria 4.0, a manufatura avançada e a internet das coisas, que integra dispositivos eletrônicos usados no dia a dia à internet. A informação é da Agência Brasil.

“O momento é de discutir aplicações. Em que casos investir e como disponibilizar [recursos]. Vamos aproveitar o que temos para darmos o passo seguinte, que é a Internet das Coisas”, disse o ministro interino do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Júlio Semeghini, durante a cerimônia de lançamento da Câmara.

“Essa Câmara, além de focar na Indústria 4.0 nos ajudará também a pensar o marco regulatório das startups”, acrescentou, referindo-se a outra iniciativa do governo, voltada a empresas iniciantes.

Segundo o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, Paulo Alvim, o objetivo final das políticas a serem elaboradas a partir da Câmara da Indústria 4.0 é fazer com que as bases de conhecimento sejam transformadas em riqueza para o país.

“Essa Câmara é um esforço de construção coletiva com a participação de governo e sociedade civil para promover a transformação do país. Trata-se de uma nova etapa a ser desenvolvida, a partir do aprendizado obtido com iniciativas anteriores”, disse.

Uma das nove entidades que formarão o conselho superior dessa Câmara é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o presidente do banco, Joaquim Levy, o BNDES “estará firme” na infraestrutura e na indústria 4.0.

“O BNDES se junta a esse trabalho com disponibilização de crédito. Estaremos presentes com capital físico, financeiro e com nossos recursos humanos. São inúmeras as interligações [da indústria 4.0] dentro da economia. Pode ajudar a agricultura, por meio de colheitadeiras inteligentes que analisam o solo ou a meteorologia. Podem também ajudar no transporte, na segurança, na iluminação pública, entre outros”, argumentou.

Integram o conselho superior, que tem caráter deliberativo, Ministério da Economia, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Emprapii), além de MCTIC, CNI e BNDES.

FONTE: Agência Brasil | Foto: Pixabay

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