O colunista e blogueiro Altieres Rohr, do G1, explicou em detalhes o que é, como funciona e os riscos que oferecem a “Deep Web” e a “Dark Web”, expressões que se tornaram populares nesta semana em razão da série de assassinatos em Suzano, interior de São Paulo, e numa mesquita na Nova Zelândia.

São subterrâneos da internet clássica que muitas vezes costumam ser usadas de forma criminosa ou com intuito de esconder informações.

O Ministério Público está investigando se os assassinos de Suzano frequentavam um fórum de grupos extremistas em rede da chamada “deep web”, a parte da internet que não pode ser encontrada por buscadores como o Google.

O blogueiro explica que esta rede não poder ser acessada como um site normal, digitando o endereço em um navegador comum. Isso é para garantir o anonimato do responsável pelo site e todos os visitantes.

O autor separou nove perguntas para entender como estas redes anônimas funcionam e o que pode ser feito a respeito delas. A matéria na íntegra pode ser lida AQUI.

O portal Juristec resumiu quatro das explicações de Altieres Rohr para entender a origem e os riscos da “deep web” e da “dark web”:

1. O que é a ‘deep web’?
Atualmente, há quem use o termo “deep web” para se referir a conteúdos anônimos ou ilegais na internet. Mas “deep web” (“web profunda”, em tradução livre) não é necessariamente é um local onde existe apenas conteúdo criminoso. O termo foi cunhado em 2001 pelo pesquisador Michael Bergman para descrever qualquer conteúdo que não aparecia em mecanismos de pesquisa como o Google ou o Bing, da Microsoft. Uma outra parte da “deep web” é de conteúdo anônimo, conhecida também como “dark web” (“web escura”). Para acessá-la, existem programas próprios. O mais popular é chamado “Tor”.

2. O que existe na ‘deep web’?
A parte de anonimato da “deep web” (também chamada de “dark web”) é atraente para ativistas políticos, hacktivistas e criminosos virtuais, além de pessoas que buscam compartilhar conteúdo censurado e ilegal. Com ações policiais que derrubaram sites de abuso sexual infantil da web comum, parte desse conteúdo também passou a ser disponibilizado nessa rede.Lá também se encontram lojas virtuais de mercadorias proibidas ou de difícil acesso, inclusive drogas (lícitas e ilícitas) e armas.

3. Quem pode acessar?
Qualquer pessoa. Quando o software específico é instalado no computador, a rede se torna acessível por meio dele. Além do “Tor”, que é o mais popular, existem outros programas com funcionamento semelhante. Esses programas podem ser facilmente encontrados na internet. Em alguns países ou redes, o uso pode estar bloqueado, mas existem mecanismos para burlar essas barreiras.

4. Quais os riscos do acesso à ‘deep web’?
Do ponto de vista técnico, os sites da “deep web” são normalmente mais simples que os da internet comum. É que muitos usuários dessas redes preferem navegar com o maior número possível de recursos desativado, tanto para acelerar o acesso como para reduzir o risco de rastreamento.

FONTE: G1 | Foto: Pixabay

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