A subprocuradora-geral Elizeta de Paiva Ramos assumiu, nesta quarta-feira (27), a função de procuradora-geral da República com o fim do mandato de Augusto Aras e a indefinição com relação ao nome que será indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A única mudança feita, até o momento, pela chefe interina do Ministério Público Federal foi o convite para que a subprocuradora Ana Borges Coelho do Santos assuma o cargo de vice-procuradora-geral. Ela será a número 2, em substituição a Lindôra Maria Araújo, que estava no cargo desde abril de 2022.

Com a mudança, Ana Borges assume todos os casos criminais envolvendo autoridades com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF) e que estavam sob a responsabilidade de Lindôra Araújo. Apesar de Ana Borges assumir os casos criminais do STF, as ações penais e inquéritos relacionados aos atos criminosos e golpistas do 8 de janeiro seguem sob responsabilidade do subprocurador Carlos Frederico Santos, com quem ela é casada.

As demais funções da gestão seguem mantidas. Eliana Peres Torelly de Carvalho continua à frente da Secretaria-Geral do Ministério Público da União e Paulo Gustavo Gonet Branco segue vice-procurador-geral Eleitoral. Gonet é o favorito para ser indicado pelo presidente Lula para o cargo de procurador-geral da República.

Lindôra Araújo ficará uma semana afastada para realizar um tratamento de saúde. Neste período, também deixará de atuar nos processos criminais do Superior Tribunal de Justiça. No cargo de vice-procuradora-geral, Lindôra foi responsável por pareceres favoráveis ao arquivamento de investigações contra o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

FONTE: CNN Brasil | FOTO: Reprodução