Ediene Lousado terá que responder a processo disciplinar por suspeita de relação com esquema

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) aprovou por unanimidade a abertura de processo administrativo disciplinar contra a promotora de Justiça Ediene Lousado, denunciada na Operação Faroeste, desencadeada na Bahia e que apura a venda de decisões judiciais.

A decisão, tomada na sessão desta quinta-feira (27), foi motivada pelo envolvimento da promotora nos fatos apurados pela operação policial, que já levou ao afastamento e à prisão de desembargadores e juízes. Ediene também chefiou o Ministério Público da Bahia entre 2016 e 2020.

O voto do corregedor nacional do Ministério Público, Marcelo Weitzel, que foi aprovado pelos demais conselheiros, propõe a pena de demissão. Ela está afastada de suas funções desde dezembro de 2020, após ser envolvida na Faroeste, sob a suspeita de vazar informações do órgão.

O procedimento contra a promotora no CNMP corre sob sigilo. A partir da instauração, Ediene e outros citados serão ouvidos e terão prazo para apresentar defesa. Ao fim, os conselheiros decidirão se aplicam punição e se acatam a sugestão do corregedor de determinar demissão.

FONTE: Folha Online | FOTO: MP/BA