A modelo Milla Vieira, vencedora do Miss São Paulo de 2024, entrou na Justiça contra a Meta, pela remoção de conteúdos racistas da rede social e para fornecer os dados dos usuários responsáveis pelos ataques na internet.

A 2ª Vara Cível do Foro Regional de Tatuapé Tribunal de Justiça De São Paulo (TJSP) acatou o pedido e concedeu a tutela de urgência para determinar a retirada dos comentários discriminatórios e pejorativos: a exclusão de quatro publicações no Instagram.

A medida ainda determinou, no final do ano passado, o compartilhamento das informações de 93 usuários da plataforma responsáveis por comentários racistas, sob multa de R$ 50 mil. Os IPS, endereços exclusivos dos dispositivos, trariam informações capazes de identificar os usuários anônimos para que possam responder criminalmente.

Em resposta à Justiça, a Meta informou que sete contas não foram localizadas porque podem ter sido desativadas ou deletadas pelos próprios usuários e 11 “demanda informações adicionais”.

A defesa do modelo, Eduardo Barbosa, ainda argumentou que uma das quatro publicações não foi removida e pediu à Justiça, no final de abril, a aplicação da multa estipulada.

Um dos homens acusados de injúria racial por chamar a modelo de “Miss Cracolândia” foi localizado pela Polícia Civil de São Paulo e prestou depoimento na Delegacia Seccional de Avaré que investiga o crime. O acusado foi liberado após depor.

A Polícia Civil concluiu as investigações do caso e relatou o inquérito policial para o Poder Judiciário. “Há alguns dias atrás fui chamada na delegacia para prestar depoimento e me foi informado que a polícia começou a ouvir os rastreados e denunciados pelo número de IP e isso me deixa feliz”, disse Milla.

A Meta preferiu não se manifestar sobre esse caso.

FONTE: CNN Brasil | FOTO: Reprodução