
Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira, 21, a Igreja Católica entra em um período conhecido como Sé vacante – intervalo entre o falecimento de um papa e a eleição de seu sucessor. Durante esse período, os camerlengos assumem a responsabilidade pela organização dos ritos funerários e pelo Conclave, processo de escolha do novo pontífice.
Entre os auxiliares mais próximos de Francisco que agora assumem esse papel está Dom Ilson de Jesus Montanari, nascido em Sertãozinho, no interior de São Paulo. Dom Ilson tem 65 anos. Estudou Direito, economia e filosofia na Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto e cursou teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Foi ordenado padre em sua cidade natal em 18 de agosto de 1989. Desde então, assumiu funções de crescente responsabilidade na Igreja até chegar à Cúria Romana.
Atualmente, ele ocupa o cargo de vice-camerlengo, sendo o segundo na hierarquia entre os responsáveis pelas funções administrativas e litúrgicas do Vaticano nesse momento. O camerlengo principal é o cardeal irlandês Kevin Farrel, que foi o responsável por anunciar publicamente a morte do papa.
Além de vice-camerlengo, Dom Ilson também é secretário do Colégio dos Cardeais e secretário do Dicastério para os Bispos, órgão da Cúria Romana que coordena a nomeação de novos bispos em todo o mundo.
A atuação de Dom Ilson nos próximos dias será central na condução dos preparativos para o funeral do Papa Francisco e na coordenação dos trabalhos que antecedem o Conclave, que reunirá os cardeais para eleger o próximo líder da Igreja Católica.
A presença de um brasileiro em posição de destaque nesse processo é vista com atenção e reconhecimento por membros da Igreja no Brasil. “Pra gente, é significativo, porque é um dos nossos aqui, é um filho da terra, um padre que foi coordenador pastoral aqui na arquidiocese, depois ordenado na função que ele tem hoje de secretário do Dicastério para os bispos e vice-camerlengo, então eu sei que vai ter muito serviço por estes dias. É importante ter alguém de nós que está colaborando com a Igreja bem de perto”, afirmou Dom Moacir Silva, arcebispo da Arquidiocese de Ribeirão Preto/SP, ao comentar o papel de Dom Ilson.
FONTE: Migalhas | FOTO: Sidney Prado