
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve, nesta terça-feira (15), a prisão preventiva do general Mario Fernandes, suspeito de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado no país.
O militar está preso preventivamente desde novembro de 2024 e é um dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso.
Na denúncia, ele é apontado como integrante do núcleo de radicais que defendiam o golpe. Sob poder dele, a Polícia Federal (PF) encontrou a minuta do chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.
Em dezembro do ano passado, Moraes também negou o pedido da defesa de Fernandes e manteve a prisão, assim como a do general Walter Braga Netto.
Em fevereiro deste ano, a defesa do general relatou em entrevista à CNN que o cliente não havia participado de “nenhuma reunião envolvendo essa suposta minuta”.
“Se ele tivesse esse poder, que todo mundo está dizendo que ele tem, me parece que ele poderia chegar às portas abertas com o presidente e não chegava”, afirmou o advogado Marcus Vinícius Figueiredo.
Provas colhidas pelos investigadores apontam que o documento veio de uma impressora do Palácio do Planalto e, depois, levado ao Palácio da Alvorada para ser apresentado ao então presidente Jair Bolsonaro (PL). O advogado nega: “Se ele tivesse que entregar algo, faria no próprio Planalto”.