A primeira-dama Janja da Silva cobrou, nesta terça-feira (15), a regulamentação das redes sociais após a morte da menina Sarah Raíssa, de 8 anos.

A criança morreu no Distrito Federal na última quinta-feira (10) após inalar desodorante em um desafio do TikTok.

“Infelizmente, a vida de mais uma criança foi levada pela falta de regulamentação das redes sociais. Sarah Raíssa tinha apenas 8 anos e todo um caminho pela frente, mas um desafio irresponsável que tem rodado pela internet interrompeu sua jovem vida tão cedo”, escreveu Janja em publicação no Instagram.

A primeira-dama também publicou um vídeo e afirmou que a análise do projeto de lei que regulamenta as redes sociais, em análise no Congresso Nacional, é “urgentíssima”.

“A gente precisa proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes. As redes sociais precisam de uma regulamentação. Elas não podem ser terra de ninguém e levar a vida das nossas crianças”, afirmou.

PL das Fake News
Conhecido como “PL das Fake News”, o projeto de lei em análise pela Câmara dos Deputados está com a tramitação parada desde 2023. O objetivo da proposta, que tem relatoria de Orlando Silva (PCdoB-SP), é responsabilizar plataformas digitais por conteúdos criminosos postados nas redes sociais.

O texto enfrenta resistência de deputados da oposição, que alegam que o projeto pode restringir a liberdade de expressão nas redes sociais, e de donos das chamadas big techs.

Em 2023, a proposta estava pronta para análise do plenário. No entanto, em meio às divergências, foi encaminhado para uma comissão especial. O colegiado não chegou a ser instalado.

Morte de Sarah Raissa
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou um inquérito, no domingo (13), para investigar a morte de Sarah Raissa Pereira.

Na última quinta-feira (10), a criança deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal, após inalar o gás de um desodorante aerossol, que lhe provocou uma parada cardiorrespiratória.

A garota chegou a ser reanimada cerca de uma hora depois, porém sem apresentar reflexos neurológicos, o que levou à constatação de morte cerebral.

O óbito só foi declarado oficialmente no domingo, quando a família também registrou a ocorrência policial. A PCDF busca esclarecer como a criança teve acesso ao conteúdo do desafio e identificar os responsáveis pela publicação.

FONTE: CNN Brasil | FOTO:  Claudio Kbene/PR