Jesse Kipf confessou ter acessado sistemas do governo com senhas falsas para declarar o próprio óbito.
Um morador do Kentucky, nos Estados Unidos, que fingiu sua própria morte invadindo um registro de óbitos para evitar o pagamento de pensão alimentícia foi condenado a mais de seis anos de prisão na segunda-feira (19), de acordo com um comunicado do Gabinete do Procurador do Distrito Leste de Kentucky.
Jesse Kipf acessou o sistema de registro de óbitos do Havaí em janeiro de 2023, usando nome de usuário e senha de um médico residente em outro estado, para criar um “registro” para sua própria morte, segundo confessou.
Em seguida, preencheu uma planilha de atestado de óbito, “designou-se médico atestador do caso e certificou seu óbito, por meio da assinatura digital do médico. Isso resultou no registro de Kipf como pessoa falecida em muitos bancos de dados do governo”, diz o comunicado.
Kipf admitiu que fingiu a própria morte, “em parte, para evitar suas obrigações pendentes de pensão alimentícia”, diz o documento.
Utilizando credenciais que roubou de pessoas reais, Kipf também se infiltrou nos sistemas de registo de óbitos de outros estados, em redes empresariais privadas, juntamente com redes governamentais e empresariais – e depois tentou vender o acesso às redes na dark web, segundo as autoridades.
Kipf foi condenado a 81 meses de prisão na segunda-feira e é obrigado a cumprir 85% de sua pena de prisão de acordo com a lei federal. Depois de ser libertado, ele estará sob a supervisão do Escritório de liberdade condicional dos EUA por três anos, dizia o comunicado.
“Este esquema foi um esforço cínico e destrutivo, baseado em parte no objetivo indesculpável de evitar as obrigações de pensão alimentícia”, disse Carlton S. Shier IV, advogado do Distrito Leste de Kentucky. “Este caso é um lembrete claro de como os criminosos podem ser prejudiciais com os computadores e de como a segurança informática e online é extremamente importante para todos nós”.
FONTE: CNN Brasil | FOTO: Syldavia/Getty Images