Magistrado aposentado disse ao TJ/PE que filho apresentou atestados falsos. Corte reverteu interdição.

O desembargador aposentado Sílvio de Arruda Beltrão fez duras acusações contra o próprio filho, o juiz Sílvio Romero Beltrão, em sessão do TJ/PE.

O magistrado aposentado, que tem 80 anos, buscava reverter sua interdição judicial. Em sessão da 5ª câmara Cível da última quarta-feira, 2, disse que sofreu armação por parte do filho, que foram apresentados laudos médicos falsos à Justiça, e que não tem Alzheimer, como alegado.

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“Eu estou preso por um ditador, que é meu filho. (…) Ele quer mandar em tudo, até no meu dinheiro, no meu patrimônio e na minha vida. (…) Estou sofrendo há dois anos, absurdamente, por um filho ditador. Um filho que quer matar o pai. E eu não vou morrer. Estou com 80 anos e não vou morrer agora, não.”

O desembargador aposentado também disse que não conhece o advogado designado pela família para fazer sua defesa, e que o filho juiz é desonesto.

Segundo o jornal Estado de S.Paulo, o magistrado conseguiu no TJ a revogação de sua interdição, até apuração da situação.

Interdição

Conforme publicado pelo Estadão, a interdição judicial do desembargador foi acatada em liminar da 2ª vara de Família e Registro Civil de Recife/PE, com base em dois laudos médicos que indicavam “limitação da capacidade cognitiva” do desembargador aposentado.

Desde então, Silvio de Arruda Beltrão estava sob tutela dos filhos.  O juiz Silvio Romero foi designado um dos curadores provisórios do pai.

O magistrado aposentado recorreu da decisão, alegando que os atestados médicos eram falsos, e juntou aos autos novo laudo, o qual atestaria que ele “não apresenta sinais neurológicos de demência ou alienação mental”.

Os desembargadores da 5ª câmara Civel atenderam o apelo do ex-integrante da Corte, observando que a curatela provisória é medida “extremamente excepcional”, devendo ser revogada até que a condição seja devidamente esclarecida.

FONTE: Portal Migalhas | FOTO: Reprodução