
Paulo Ricardo Moraes Milhomem está preso desde agosto de 2021, quando atropelou Tatiana Matsunaga na porta da casa dela, no Lago Sul
O Tribunal do Júri de Brasília renovou a prisão preventiva do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, que atropelou a servidora Tatiana Matsunaga na porta da casa dela, no Lago Sul, após uma briga de trânsito, em agosto de 2021.
Leia também: STJ afasta indenização por morte de servidor na explosão de foguete
Milhomem está preso desde 25 de agosto do referido ano, quando o crime ocorreu. Desde então, a defesa entrou com diversos pedidos para tirar o advogado da cadeia, mas todos foram negados pela Justiça em diferentes instâncias.
O advogado é réu por tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil e por recursos que dificultou a defesa da vítima.
Segundo a Justiça, a necessidade da prisão é analisada a cada 90 dias, sob pena de tornar a prisão ilegal. A análise tem como finalidade a redução da quantidade de prisões provisórias desnecessárias dentro do sistema carcerário.
No caso de Paulo, o Tribunal entendeu que a materialidade está comprovada e há indícios suficientes de autoria para a decretação da medida excepcional.
“O afastamento cautelar do réu da sociedade se mostra apto para alcançar tal objetivo, visto que a gravidade em concreto do fato praticado, demonstrado pelo modus operandi na prática delitiva, demonstra que a liberdade do acusado expõe risco a garantia da ordem pública. Dessa forma, a medida se mostra adequada”, destaca a decisão.
O caso
Paulo Ricardo Moraes Milhomem atropelou e passou por cima de Tatiana na frente da casa dela, no Lago Sul, após persegui-la depois de uma discussão no trânsito. O marido e o filho da vítima, de 8 anos, presenciaram toda a cena.
O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) denunciou o motorista por tentativa de homicídio qualificado. Depois do atropelamento, Tatiana teve sequelas graves e continua sob cuidados médicos em casa.
O advogado alegou, em depoimento à Justiça, que atropelou a mulher sem querer e não tinha intenção de machucá-la. Ele afirmou que “aproveitou o momento em que a vítima chegou um pouco para o lado, tendo a certeza de que ela sairia totalmente da frente quando o veículo passasse”.
FONTE: Metrópoles | FOTO: EBC