
Como prestador de serviços jurídicos tenho buscado compreender cada vez mais o mercado da advocacia, através de todos os outros serviços que contrato ou que acompanho a execução no meu dia a dia.
É tanto que, no artigo intitulado “Você já IMAGINOU apresentar as REGRAS do atendimento ANTES da chegada do CLIENTE ao seu ESCRITÓRIO?” registrei a maneira de aplicar a lógica do restaurante Guri na atividade de um escritório de advocacia.
No artigo de hoje, extraio de mais uma experiência vivida em um restaurante o questionamento da semana: Prestação de serviços: qual o grande desafio?
Visitando João Pessoa, no Estado da Paraíba, acompanhando meu filho nos Jogos da Amizade, tive a oportunidade de conhecer o restaurante Al Dente.
Comida contemporânea, música de qualidade e uma boa companhia, era o cenário da noite.
Como temos como regra – eu e minha esposa – se bebermos não dirigimos, estabelecemos que quem desfrutaria do vinho seria eu, sendo minha esposa eleita a motorista da rodada.
Ao chegar ao restaurante e logo após nos acomodarmos em uma mesa, juntamente com o casal amigo que nos acompanhava, pedimos um Chopp para declararmos abertos os trabalhos etílicos.
Na sequência, como estavamos com duas crianças com sono – a minha filha e uma amiga – fomos transferidos para uma mesa composta de um sofá para que elas deitassem.
Após pedirmos os pratos, teve início o que conceituo como diferencial da prestação de um serviço, um garçom que sequer era responsável pelo atendimento da nossa mesa passou e perguntou:
– Vocês já pediram os pratos? Pediram o risoto de costela?
O detalhe é que ele perguntou e, em seguida, complementou:
– Se eu fosse vocês não deixaria de pedir…
Em resumo, ele nos “obrigou”, literalmente, a mudar de prato.
E nós, obedientes, mudamos. E não parou por aí.
A pergunta seguinte foi:
– Vinho tinto para acompanhar o risoto?
Ao ouvi nossa resposta “tinto”, logo chegou a sugestão de um autêntico malbec argentino que, segundo ele, estava em promoção.
Após o nosso segundo sim, tive a ideia de interpor um recurso da decisão da minha esposa de não beber vinho naquela noite e apresentei para o garçom os meus argumentos.
– Qual o seu nome?
E ele respondeu:
– Romário…
Por conhecer o jogador pela habilidade com a bola, soltei logo a piada:
– Entendi porque você é craque no atendimento.
E, em seguida, conhecido o recurso, fiz o pedido o pedido principal de provimento, no seguinte sentido:
– Romário, aqui em João Pessoa não tem o serviço de motorista da rodada? Afinal, minha esposa está sem beber pois foi escalada para dirigir e gostaríamos muito de contratar.
A partir daí, veio o diferencial da noite e, em especial, do serviço:
– Vou pegar uma taça para ela… Fiquem tranquilos que eu resolverei.
Apenas para que todos tenham uma ideia, encerramos a noite com o “garçom” dirigindo nosso carro até o hotel, sendo acompanhado por um colega que vinha de moto para pegá-lo, e nós – eu e minha esposa – felizes e remunerando o mais novo serviço de “motorista da rodada”.
De maneira resumida, o grande desafio de quem presta serviços – e com certeza dos advogados – é realmente atender os anseios, os desejos e as dores dos clientes, sendo naturalmente remunerado por isso.
Recomendamos o Restaurante Al Dente, desde que sejam seguidas as dicas do grande Romário…
*Figura extraída do https://espmjr.com/5-maneiras-de-como-encantar-clientes-no-meio-digital/