O impacto da inteligência artificial no mundo gera diversos questionamentos. O mais recorrente: minha profissão ainda existirá no futuro?

De fato, há uma grande probabilidade de termos diversas profissões que desaparecerão num futuro próximo em que predominará os modelo de trabalho capitaneado pela inteligência artificial.

Nesse cenário, então, a inteligência artificial causará o fim dos advogados?

Antecipo que não vou me furtar em dar minha opinião, mas entendo que a resposta não é simples.

Comecemos com algumas premissas. O que faz um advogado? O advogado comumente é usado como instrumentos necessário a postulação/defesa em juízo do direito do seu cliente. A regra já comporta exceção das ações nos juizados especiais. O advogado também exerce, privativamente, as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídica. Tais hipóteses de atuação estão na regra da Lei 8.904/94.

Do ponto de vista tecnológico, especialmente com o avanço dos sistema de inteligência artificial, será possível criar robôs que façam com mais perfeição tanto o peticionamento, quanto à defesa, além de construção de pareceres e orientações cada vez mais atualizados e eficazes. Sugiro para os céticos assistir o vídeo no Youtube o teaser do IBM Watson.

Então, será o fim dos advogados? Penso que os advogados que só fazem isso, de fato, não existirão mais.

No entanto, para quem vivencia a advocacia como causa de vida, é fácil perceber que essas funções não correspondem ao todo. Advogar é, acima de tudo, um ato de empatia. Advogar requer humanidade de entender que o sistema é falho e, portanto, merece reparos. Advogar não é um instrumento científico de causalidade, mas uma arte.

Nesse sentido, penso que os robôs não eliminarão os advogados empáticos, humanos, que exercem a profissão como artistas, na busca de algo transcendente que é a Justiça.

Fica a reflexão. Nos encontramos nos próximos textos.