Sejam mais uma vez bem-vindos!

 

Um dos grandes ensinamentos deixado pelo meu falecido pai foi seja resiliente. Conhecer a trajetória de vida dele, que saiu da condição de retirante da seca do Nordeste, passando fome, sem perspectiva de futuro, e tornou-se advogado, demonstrava que a resiliência era um valor útil para minha vida.

 

Por muito tempo esse valor ficou adormecido na sociedade, já que estávamos vivendo num mundo cada vez mais previsível e confortável, em que a “evolução” se transformara, para muitos, em “direito adquirido”.

 

A pandemia, as crises econômicas e agora o flagelo da guerra mudaram radicalmente esse cenário. Fomos empurrados novamente para uma zona de instabilidade social, em que tudo passou a ser possível. Nesse cenário, a “antifragilidade”, condição criada e fortalecida pela resiliência, passou a ser valorizada. Sobre o tema, recomendo a leitura do livro “Antifrágil: Coisas que se Beneficiam com o Caos”, de  Nassim Nicholas Taleb.

 

Na advocacia, a resiliência sempre teve seu destaque. Por essência, o advogado deve ser resiliente. Resiliente em se manter na profissão adquirindo estabilidade financeira, num cenário de completa insegurança. Resiliente em manter-se ético, fugindo das armadilhas diárias que a profissão enfrenta. Resiliente em defender seus clientes e teses, mesmo quando poucos acreditam no direito que está sendo defendido.

 

A grande recompensa é que aos resilientes são reservados os benefícios que esse mundo caótico pode propiciar. Com isso, a antifragilidade pode ser o grande diferencial do advogado 5.0.

 

Mais uma provocação que deixo aberta, convidando para que possamos discutir nos próximos textos.

 

Aguardo também os comentários