Nós, brasileiros, majoritariamente não gostamos de matemática. Talvez por resistência na época da escola (matemática é a disciplina que apresenta maior dificuldade para o jovem brasileiro) ou por não ver aplicabilidade de alguns conceitos em nossa vida cotidiana, naturalmente nos afastamos de quaisquer assuntos que trazem preceitos matemáticos à tona. Em contexto corporativo, analogamente, percebo uma enorme resistência de executivos e gestores em tomar decisões baseadas em dados concretos e seguros. Mas será que analisar matematicamente cenários nos uma vantagem competitiva diferenciada?

Os dados coletados na era da internet já têm um valor que se aproxima do valor de todo o ouro extraído desde o início da história da humanidade, mas já supera em receita o valor de todo o ouro extraído anualmente no mundo. Baseando-se nesse pressuposto, o poder de análise de dados por um executivo configura-se como uma violenta ferramenta estratégica de alavancagem de resultados. Sejam resultados internos da organização, que se bem extraídos e estratificados nos fornecem caminhos e meios mais seguros para a concretização de objetivos estratégicos ou externos (mercadológicos) que se consolidam como um farol que direcionará o gestor para horizontes mais vindouros, a gestão de dados dentro de uma organização é – sem dúvida – um dos caminhos para o sucesso.

O caminho para a melhor extração de resultados oriundos dos dados passa por um caminhos de três passos básicos: captação, estratificação e análise numérica. O primeiro passo refere-se à fidedignidade da captação dos dados: ora, apesar de parecer óbvio, a extração dos dados precisa ser precisa e verdadeira, uma vez que tomar decisão com dados imprecisos é como dirigir em uma estrada com GPS desatualizado. O segundo passo – e não menos importante – é a capacidade de estratificar (decompor) os dados, de forma que eles “gritem” verdades em nossos ouvidos. A decomposição de uma base de dados deve ser realizada de forma que as informações numéricas nos guiem por cenários uma vez incertos, Estratificar dados é atingir a causa-raiz do problema. Nesse momento, entra o terceiro e último passo: a análise. Analisar dados consiste em transformar numerais em ações. Saber analisar dados com clareza nos mostrará o cenário proposto e nos dará emponderamento para atuarmos com assertividade.

A lição de hoje consiste em duas verdades: se você é executivo, por bem ou por mal, aprenda a gostar da análise de dados. Chegou a hora de quebrar as barreiras e resistência, acredite em mim. A segunda verdade é que, caso você não analise seus dados de maneira assertiva, alguém estará fazendo isso por ti. Nesse caso, só existem duas circunstâncias possíveis: ou você analisa seus resultados numéricos e impõe uma estratégia, ou fará parte da estratégia de alguém!