
“A única constante na vida é a mudança”. Essa afirmação foi dita por Heráclito de Éfeso há mais de 2500 anos e, apesar do lapso temporal, carrega relevante atualidade.
Se você parar para pensar, a vida nada mais é do que uma sequência de acontecimentos – ordenados e desordenados – que produzem seus efeitos e influenciam fortemente no lugar que hoje ocupamos.
Um parênteses. Estar aqui hoje escrevendo nessa (especial) coluna é, na minha vida, uma representação clara dessa constante. É uma mudança que abraço para inaugurar uma nova estação profissional. A propósito, fico feliz por te encontrar aqui.
Sabendo que o novo será sempre nosso companheiro, importa a nós nos prepararmos para o que ele nos trará. Esse é o propósito desta coluna. Não com adivinhações ou elementos místicos, mas, partindo de evidências científicas e análises críticas de sinais do presente, desvendar os futuros possíveis que viveremos e como podemos responder assertivamente às suas novidades.
O que nos ajuda nesse processo é a futurologia. Nessa ciência, pesquisadores analisam descobertas científicas, avanços tecnológicos, acontecimentos históricos e bases de dados para construir cenários hipotéticos que revelam possíveis futuros, auxiliando nas tomadas de decisão do presente. Perceba que o termo “possíveis” está sempre exposto. De fato, não se trata de certezas, uma vez que não é adivinhação. São hipóteses levantadas com fundamento em evidências, mas que podem ser influenciadas por situações não mapeadas anteriormente. Por isso, mesmo experientes futurólogos estão sujeitos a erros, sem prejuízo a suas reputações.
Uma curiosidade para os dias atuais. A futurologia teve seus primeiros passos como ciência após a Segunda Guerra Mundial. Na época, os Estados Unidos fortaleceram sua estrutura de análises do futuro com o objetivo de investigar a relação do avanço armamentista e a estratégia militar. Nessa toada, o time de futurólogos desenvolveu um método de previsão do futuro para entender as consequências de um conflito nuclear. Espero que também tenham desenvolvido algum para evitar um conflito nuclear!
É importante você saber que não sou futuróloga e minha formação, na verdade, é distante dessa ciência. O que me traz a ocupar esse lugar é o fato de ser voraz leitora e consumidora do que é produzido nesses processos de desenhos de futuros. Relatórios, pesquisas e conteúdos desse universo fazem parte da minha rotina e ganharam espaço de destaque na construção da minha vida acadêmica. Se você quer entender um pouco melhor do que estou falando, visite esse site.
É certo que “desenhos de futuros” abrange muitas coisas e carrega interesses muito diversos. Por isso, é necessário aplicarmos filtros que ditarão a direção das nossas trocas.
Aqui aprofundaremos na análise das características que compõem o(a) profissional do futuro – habilidades, modelo mental, comportamentos, saberes – e como adquirir no presente qualidades desse destaque do amanhã. Em consonância com essa temática, exploraremos como a dinâmica social e econômica influenciam na formação desse novo arquétipo, sobretudo quando falamos de nova economia e novo perfil de consumo.
Nesse sentido, já provoco algumas reflexões para a próxima leitura: o que um Papa com twitter representa para os dias atuais? E como uma startup unicórnio com apenas 16 meses de existência pode influenciar sua vida?
Nos encontramos no próximo texto para aprofundar nessas análises.
Até lá!