Todas as semanas que temos um feriado pelo caminho, me deparo com os “gurus” de produtividade nas redes sociais fazendo milhares de indagações e colocando interrogações na cabeça daqueles que os leem. Normalmente, a maioria dos questionamentos são voltados para saber se as pessoas está trabalhando ou se divertindo. Em seguida, segue como um clichê pronto aquela enxurrada de reflexões sensacionalistas. Conheço pessoas que, ao se depararem com esse tipo de conteúdo chegam a se martirizar por estarem em ócio em um momento de folga. Afinal, o que é produtividade e como desmistificar a Legião dos Pseudo-Super-Produtivos?

Compreendo que o conceito de produtividade está atrelado a duas sub definições claras: tempo e qualidade. Ser produtivo é realizar uma ou um rol de ações em um determinado tempo, levando em consideração a capacidade subjetiva de cada indivíduo. Atentem que o conceito de capacidade é completamente variável e não existe padrão ou fórmula que quantifique um grau de entrega entre sujeitos diferentes. Sob esta ótica, produtividade é determinantemente diferente entre João e José, por exemplo.

Indo um pouco além e considerando o que faz sentido para cada um, não existe regra posta e fatídica sobre o quanto se deve trabalhar ou não. Tudo gira em torno de um propósito claro e dos objetivos que a pessoa quer alcançar, bem como dos ônus e bônus que são carregados durante essa trajetória. Ora, se uma pessoa deseja trabalhar menos que 44h/semana em prol de outros sonhos e isso a faz feliz, glória. Em outra medida, se um Executivo dedica uma quantidade de horas a mais do que o trivial para a entrega de algo grandioso e que o fará feliz, glória mais uma vez e ponto final.

Caros leitores, não há nada de errado em se curtir um feriado, sair com a fam

ília ou apenas dormir um pouco a mais do que de costume. Momentos como esses são feitos para descompressão e recarregam nossas energias. Ócio gera insight, melhora nossas sinapses e nos faz feliz também. Curtam momentos de lazer, isso é benéfico. Querem uma dica final? Parem de seguir os “gurus” da produtividade: eles são tóxicos e te fazem mal. Vá por mim…