O dinamismo encontrado na contemporaneidade corporativa chega a ser assustador. Se tratam de inúmeras mudanças em curto espaço de tempo, algumas de menor porte e outras que nos suscitam mudanças por vezes em 360º. O profissional da atualidade, mais do nunca, precisa manter-se firme e constante, paradoxalmente nesse cenário de completa instabilidade de cenários e decisões, não é mesmo?

Também de um tempo para cá, um termo eclodiu de forma pulsante no “bê-a-bá” corporativo, a famosa “Resiliência”. Compreende-se como “resiliente” aquele indivíduo que pouco se impacta frente às adversidades, que reage rapidamente em momentos difíceis, que supera rapidamente os “joelhos ralados”, que cai e ferozmente levanta-se como uma fênix que surge das profundezas. Resiliência virou sinônimo de antifragilidade, de plena absorção do impacto, da capacidade de ser indestrutível. Não entendo que seja bem assim…

A resiliência, se mal empregada nesse contexto automatizado de “cai e levanta”, pode levar as pessoas ao emburrecimento cognitivo. O ser humano, por si só, passa e passará por inúmeras intempéries na vida, sejam elas pessoais, afetivas ou profissionais. O grande aprendizado que fica em cada queda é saber o porquê tudo aquilo aconteceu e não a falsa percepção de que precisamos passar por cima e rapidamente estarmos de pé. O tempo de aprendizado faz parte de um ciclo cognitivo que permitirá o sujeito a não tropeçar no mesmo buraco novamente; outrossim, dependendo da pancada que tomamos, o timing de amadurecimento é crucial para essa efetiva a

Antes de conclamar para uma pessoa ser resiliente, compreenda o que vem a ser esse importante adjetivo. Dê tempo ao tempo, aprenda com os erros, tire lições importantes. Afinal, tornar-se resiliente sem aprendizado não te levará muito longe sem uma próxima queda logo a frente.