Vou contar para vocês uma estória bacana. Em 2004, conheci um amigo nerd, Allan Martins, e numa conversa sobre tecnologia, ele me disse: João, eu estudo redes neurais. Perguntei: “O que danado é isso?” Veio a resposta, completa, inovadora e na minha mente completamente sem sentido. Num determinando momento, eu estava escutando-o e a sua voz só ecoava na minha mente, como se fosse um blá, blá, blá….. Aquilo não conectava com nada que eu pudesse comparar naquele momento.

Lá se vão 17 anos dessa conversa e aquele discurso agora faz total sentido, porque já tenho presente no meu cotidiano aparelhos que são inteligentes, que usam das redes neurais para desenvolver inteligência artificial. Alexia, da amazona; bia do Bradesco; siri do Iphone, dentre outros.

No âmbito da justiça já é possível encontrar também projetos que começam a aplicar a inteligência artificial, como o robô Victor do STF. Tudo ainda muito embrionário, mas com uma capacidade enorme de impactar a advocacia.

Imaginem o seguinte cenário. Um robô que produzisse uma ação sobre qualquer matéria e pudesse ser contratado on line por qualquer pessoa, por um preço fixo e baixo. Esse robô seria seu concorrente na advocacia com um preço mais em conta e, por vezes, com resultados melhores que a média dos advogados.

Pois bem. Esse robô em termos computacionais é possível produzir, inclusive já têm alguns projetos “em beta” rodando no mundo, a exemplo do que vem fazendo defesas de trânsito em Nova Iorque. Como conviver com eles? Proibir? Aderir simplesmente? Concorrer?

Queria muito ter a resposta, mas não tenho. Tento fazer uma associação com o Uber, que pode ser um parâmetro primário, mas logo chego à conclusão que é muito mais avançado porque esse robô não precisaria sequer existir no território brasileiro, já que o nosso processo é virtual.

Sem saber respostas ainda, convido-os a conhecer o Watson da IBM (https://youtu.be/z6IpRP7b4ss)  para que possamos entender melhor e, com isso, diminuir o impacto dessa transformação.

Nos vemos nos próximos textos.