Levantamento que acaba de ser divulgado aponta que, em um ano, 100 fintechs deixaram de operar no Brasil, mas outras 270 foram fundadas

O volume total de fintechs e iniciativas de eficiência financeira em atuação no Brasil saltou de 604 em junho de 2019 para 771 em agosto deste ano. A evolução representa um crescimento de quase 28% de acordo com a 9ª edição do Radar Fintechlab, que acaba de ser divulgada. A informação está no portal Telesíntese.

O estudo foi produzido pelo Fintechlab, centro de apoio à inovação em serviços financeiros. O levantamento mostra que, no período, 100 fintechs deixaram de operar, mas outras 270 foram fundadas. Ou seja, 35% do total de fintechs surgiram no último ano.

“É um forte indício de que são startups que possuem menos de um ano de existência. Isso comprova mais uma vez que o ecossistema continua encontrando oportunidades para melhorar serviços e criar soluções novas muito fortemente influenciadas pelos avanços regulatórios como o Open Banking e o PIX, por exemplo”, diz.

O setor de pagamentos manteve sua posição como principal filão das fintechs brasileiras. O segmento reúne agora 190 empresas, contra as 151 da versão anterior, o que representa um aumento de 26% em quantidade de representantes.

As iniciativas dedicadas à gestão financeira passaram a ocupar a segunda posição no ranking, com 122 marcas, ultrapassando as startups especializadas em empréstimos (114), tradicionais detentoras desta classificação.

O também cofundador do FintechLab, Marcelo Bradaschia, comenta que o significativo volume de novas fintechs detectadas pode estar sinalizando a consolidação de uma segunda onda de startups financeiras surgindo já buscando uma adaptação ao novo ambiente de negócios que está prestes a ser iniciado.

“Ao estabelecer o Open Banking as autoridades reguladoras empoderam ainda mais o consumidor que se torna proprietário absoluto dos seus dados. Por outro lado, se criam oportunidades de ampliação da colaboração entre instituições financeiras tradicionais e fintechs enquanto os pagamentos instantâneos popularizam ainda mais as soluções tecnológicas como facilitadoras das vidas das pessoas. Todo este ambiente permite construir modelos nunca utilizados e representa oportunidades que certamente produzirá cada vez mais fintechs para aproveitá-las”, afirma.

O trabalho considera como fintechs as empresas ou iniciativas que trazem novas abordagens e modelos de negócios em serviços financeiros e são escaláveis principalmente através de tecnologia. Já as iniciativas classificadas como de eficiência financeira são organizações que atuam por meio de bureaus de informações, soluções de prevenção à fraude, biometria, blockchain, analytics, além de outras tecnologias e serviços que apoiam e trazem maior agilidade e praticidade ao mercado financeiro.

FONTE: Telesíntese | FOTO: Pixabay