
O Facebook hospedou dezenas de grupos de cibercriminosos que usaram marketplaces on-line dentro da rede social para fornecer várias atividades ilegais, como a venda de dados roubados de cartões de crédito, furto de contas de usuários e a venda de ferramentas de software para aplicar golpes de spam e pishing. A informação, da Bloomberg News, está no portal do jornal O Globo.
A descoberta foi feita pela divisão de segurança Talos, da empresa Cisco Systems, que revelou a existência de 74 grupos na rede social com nomes como Spam Professional e Facebook Hack, diz a matéria. Esses marketplaces criminosos (espécie de shoppings on-line) reuniam cerca de 385 mil pessoas, e eram bem fáceis de achar por qualquer usuário da rede. Quando alguém se juntava a um grupo, o próprio algoritmo do Facebook sugeria outros semelhantes, tornando ainda mais fácil interagir com os hackers.
O Facebook disse, de acordo com a matéria, que removeu os grupos. Segundo a Talos, alguns estavam hospedados na rede há oito anos. “Esses grupos violaram nossas políticas contra o spam e a fraude financeira, e nós os removemos”, afirmou a rede social em comunicado. “Sabemos que precisamos estar mais vigilantes e estamos investindo pesadamente para coibir esse tipo de atividade”.
Na quarta-feira, a empresa de cibersegurança UpGard descobriu que, na Cidade do México, a empresa de mídia Cultura Colectiva armazenou publicamente 540 milhões de informações de usuários do Facebook, como números de identificação, comentários, reações a posts e nomes de perfis. Essa base de dados foi fechada após a própria agência Bloomberg alertar o Facebook e este, a Amazon.
Na quinta-feira, Mark Zuckerberg, diretor executivo do Facebook, disse em entrevista na televisão americana que “ainda estava investigando” o vazamento dos dados.
FONTE: O Globo | Foto: Pixabay