Engenheiros russos divulgaram que estão desenvolvendo um foguete nuclear que pode chegar a Marte em apenas alguns meses. Segundo o portal IFLScience, o motivo pelo qual os humanos ainda não foram até o planeta vermelho é porque a viagem, que hoje leva um ano, é muito prejudicial para o organismo.

O trajeto poderia danificar o cérebro e envelhecer as células, além de causar efeitos psicológicos adversos nos astronautas.

Mas novos relatórios da Rússia apontam para a criação de um novo sistema de propulsão movido a energia nuclear que poderia levar espaçonaves a Marte em menos tempo. A informação está no site da revista Galileu.

O projeto foi desenvolvido por Vladimir Koshlakov, diretor do Centro de Pesquisas Keldysh, em Moscou. A tecnologia está em desenvolvimento desde 2009 e acaba de completar testes de solo.

De acordo com o cientista, os foguetes funcionarão da mesma maneira que qualquer usina nuclear. A fonte de energia aquece um líquido – neste caso, o metano criogênico – para produzir gás, que é convertido por uma turbina em energia elétrica. A corrente resultante alimenta os sistemas e motores da nave.

O método tem alguns benefícios para possíveis missões interplanetárias: usar energia nuclear, em vez de alternativas baseadas em carbono como o querosene, significa que os foguetes não precisarão de limpeza entre lançamentos e poderão ser reutilizáveis. A utilização de metano, em particular, promete torná-los mais leves e baratos.

Mas a principal vantagem é a velocidade. “Com os sistemas de hoje, leva muito tempo para voar para Marte. Para voos tripulados, isso é ruim: uma pessoa não deve ficar no espaço por mais de um ano ou dois”, explicou Koshlakov. “Sistemas de energia nuclear poderão voar rápido o suficiente. Serão alguns dias para chegar na Lua, e de sete a oito meses para Marte.”

Embora essas viagens sejam descritas como “viáveis ​​em um futuro próximo”, talvez seja necessário esperar um bom tempo para ver foguetes com motores nucleares. Isso porque Koshlakov confirmou que a tecnologia não será usada para os foguetes Soyuz-5, planejados para serem concluídos em 2022, ou até mesmo o Soyuz-5 Super Heavy, atualmente previsto para lançamento em 2028. “Os novos motores serão instalados em foguetes prospectivos, cujo estudo ainda está em andamento”, informou o russo.

FONTE: Galileu

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